Sífilis Congênita no Paraná: uma análise de série histórica (2012-2021)
DOI:
https://doi.org/10.22421/1517-7130/es.2023v24.e931Palavras-chave:
Sífilis Congênita, Epidemiologia Descritiva, Notificação de doençasResumo
Analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Paraná entre os anos de 2012 a 2021. Estudo epidemiológico observacional descritivo, do tipo levantamento, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação disponíveis no DataSUS. O número de casos da sífilis congênita teve aumento de 19,7 a cada 10 mil nascidos vivos em 2012 para 51,4 em 2020. Das 22 regionais, Paranaguá, Pato Branco e Metropolitana registraram maior prevalência. O diagnóstico prevaleceu em crianças com até 6 dias de idade, da raça branca e resultante nacura diante do tratamento. Das mães, prevaleceu aquelas com baixa escolaridade. A maior parte dos casos ocorreu entre gestantes que realizaram o pré-natal, porém com parceiros não tratados. Há necessidade de investimento na educação em saúde às gestantes e educação continuada aos profissionais de saúde para o diagnóstico, monitoramento e tratamento da sífilis em gestante e, especialmente, nos parceiros.
Referências
Alves PIC, Scatena LM, Haas VJ, Castro SS. Evolução temporal e caracterização dos casos de sífilis congênita em Minas Gerais, Brasil, 2007-2015. Ciência & Saúde Coletiva. [Internet]. 2020; 25(8): 2949-60. [Acesso em 2022 Ago 12]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/85pnLtbbsnwKhjQJWMzyR7P/?lang=pt
Bottura BR, Matuda L, Rodrigues PSS, Amaral CMCA, Barbosa LG. Perfil epidemiológico da sífilis gestacional e congênita no Brasil–período de 2007 a 2016. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. [Internet]. 2019; 64(2): 69-75. [Acesso em 2022 Out 8]. Disponível em: https://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/515
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Ministério da Saúde; 2022. [Acesso em 2022 Out 5]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvpr.def
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico Sífilis 2019. Brasília (DF): Ministério da Saúde [Internet]. 2019. [Acesso em 2022 Ago 12]. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2019/11/boletim_sifilis_2019_internet.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST. Brasília (DF): Ministério da Saúde [Internet]. 2022. [Acesso em 2022 Abr 14]. Disponível em: http://antigo.aids.gov.br/pt-br/pub/2022/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-integral-pessoas-com-infeccoes
Crespo BB, Salerno MF, Nobrega ICC, Crespo IBT, Muruci AT, Rabello IMP, et al. Estudo epidemiológico dos casos de Sífilis Congênita no estado do Rio de Janeiro de 2011 a 2021. Brazilian Journal of Development. [Internet]. 2022; 8(8):59814-24. [Acesso em 2022 Jul 25]. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/download/51573/38676?__cf_chl_tk=XVUCUSJ7t2wvRA8t.pi.ghBY6Ti.CowEtlfV3K2u9vI-1667496782-0-gaNycGzNCVE
Domingues CSB, Duarte G, Passos MRL, Sztajnbok DCN, Menezes MLB. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis congênita e criança exposta à sífilis. Epidemiol Serv Saúde [Internet]. 2021; 30(spe1). [Acesso em 2022 Abr 16]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/SwXRF6pXG3hX58K86jDSckv/?lang=pt
Ferreira FKS, Rolim ACA, Bonfada D. Perfil dos casos de sífilis congênita no rio grande do norte: estudo de série temporal. Revista Ciência Plural. [Internet]. 2021; 7(2): 33-46, 2021. [Acesso em 2022 Out 5]. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/23765.
Gonçalves e Silva HC, Sousa TO, Sakae TM. Incidência de sífilis congênita no estado de Santa Catarina no ano de 2012. Arq Catarin Med [Internet]. 2017; 46(2):15-25. [Acesso em 2022 Ago 12]. Disponível em: https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/265
Guerra HS, Costa CV, Santos IAB, Silva JM, Barcelos TF. Sífilis congênita: repercussões e desafios. Arq Catarin Med [Internet]. 2017; 46(3):194-202. [Acesso em 2022 Abr 14]. Disponível em: https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/94
Ito FY, Gonçalves MR, Gonçalves MR, Hirota MM, Hayashida MR, Mizoguti NN, et al. Perfil epidemiológico dos portadores de sífilis entre 2010 e 2018 no Estado do Paraná, Brasil. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 2021; 3(2): 61-73. [Acesso em 2022 Jul 28]. Disponível em: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/386
Lazarini FM, Valdez GC, Valgas LGB, Ribeiro MVM, Domit P, Pinto LH. Método para implantação de um observatório para sífilis gestacional e congênita: relato de experiência. Saúde Coletiva (Barueri). [Internet]. 2021; 11(63): 5456-65. 2021. [Acesso em 2022 Ago 15]. Disponível em: http://www.revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/1453.
Lima Filho CA, Bernardino AO, Santos MER, Matias PTA, Miranda AKS, Torreão SBN, et al. Caracterização epidemiológica dos casos de sífilis gestacional no estado de Pernambuco, Brasil. Research, Society and Development. [Internet]. 2022; 11(9): e3111931655. [Acesso em 2022 Out 5]. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31655
Merchán-Hamann E, Tauil PL. Proposta de classificação dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos descritivos. Epidemiologia e Serviços de Saúde. [Internet]. 2021; 30(1):e2018126. [Acesso em 2022 Mai 4]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/zTjbDrwQD8d7vRDbNspzbXM/?lang=pt
Moreira KFA, Oliveira DM, Alencar LN, Cavalcante DFB, Pinheiro AS, Orfão NH. Perfil dos casos notificados de sífilis congênita. Cogitare Enferm. [Internet]. 2017; 22(2): e48949. [Acesso em 2022 Abr 14]. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/4836/483654815007/483654815007.pdf.
Oliveira TF, Felix ICG, Souza CDF, Machado MF. Perfil epidemiológico da Sífilis congênita em Alagoas (2008-2017). Saúde e meio ambiente: revista interdisciplinar. [Internet]. 2019; 8: 237-47. [Acesso em 2022 Out 8]. Disponível em: http://www.periodicos.unc.br/index.php/sma/article/view/2259.
Padilha Y, CaporaL AS. incidência de casos de sífilis congênita e análise do perfil epidemiológico. Fag Journal Of Health (FJH). [Internet]. 2020; 2(1): 1-11. [Acesso em 2022 Out 8]. Disponível em: https://fjh.fag.edu.br/index.php/fjh/article/view/140
Paraná. Secretaria de Estado da Saúde. Guia prático estadual para multiplicadores prevenção, controle e redução da sífilis. Curitiba (PR), 2017. [Acesso em 2022 Abr 02]. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/materialsfilis_marachico.pdf.
Ramos AM, Ramos TJM, Costa ILOF, Reis APO, Lima SBA, Paiva DSBS. Perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Brasil. REAS [Internet].15(1): e9541. [Acesso em 2022 Out 8]. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/9541
Ramos MG, Boni SM. Prevalência da sífilis gestacional e congênita na população do Município de Maringá–PR. Saúde e Pesquisa. [Internet]. 2018; 11(3): 517-26. [Acesso em 2022 Ago 15]. Disponível em: http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/6695.
Rocha MS, Bartholomay P, Cavalcante MV, Medeiros FC, Codenotti SB, Pelissari DM, et al. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan): principais características da notificação e da análise de dados relacionada à tuberculose. Epidemiologia e Serviços de Saúde. [Internet]. 2020; 2(1): e2019017. [Acesso em 2022 Abr 14]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/K8Bh4JKPmdqySDZBj6JBPxn/?lang=pt#
Rozin L. Em tempos de Covid-19: um olhar para os estudos epidemiológicos observacionais. Espaço para a Saúde. [Internet]. 2020; 21(1):6-15. [Acesso em 2022 Mai 4]. Disponível em: https://espacoparasaude.fpp.edu.br/index.php/espacosaude/article/view/695/pdf
Silva JCB. Sífilis: Índices epidemiológicos e controle em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, durante a pandemia pelo COVID-19. Revista Brasileira de Biomedicina. [Internet]. 2021; 1(1). [Acesso em 2022 Ago 12]. Disponível em: https://revistadabiomedicina.com.br/index.php/12222/article/view/64.
Souza ALDM, Zilly A, Cardelli AAM; Fracarolli IFL, Ferrari RAP. Rede Mãe Paranaense: assistência ao pré-natal entre mulheres nos extremos de idade. Revista de Saúde Pública do Paraná. [Internet]. 2021; 4(2). [Acesso em 2022 Out 5]. Disponível em: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/485/206.
Stocco, C. Tendência temporal e aspectos epidemiológicos da sífilis em gestante e congênita em municípios de médio porte do estado do Paraná, 2007-2017. Ponta Grossa - PR. Dissertação Mestrado [Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde]. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, 2019. [Acesso em 2022 Out 5]. Disponível em: https://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3192.
Vescovi JS, Schuelter-Trevisol F. Aumento da incidência de sífilis congênita no estado de Santa Catarina no período de 2007 a 2017: análise da tendência temporal. Rev Paul Pediatr. [Internet]. 2020; 38: e2018390. [Acesso em 2022 Out 8]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rpp/a/FGmrVBKL6GbDNCdgqbCtm9G/?lang=en#
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 dos Autores
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
