Episiotomia no puerpério: percepção das mulheres
DOI:
https://doi.org/10.22421/15177130-2016v17n2p199Palavras-chave:
Episiotomia – Parto Instrumentalizado, Puerpério, Gestação Assistida.Resumo
O estudo teve como objetivo analisar os aspectos emocionais e sexuais que permeiam o puerpério da mulher episiotomisada. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva de natureza qualitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas com dez puérperas, no período do puerpério remoto, nos meses de março e abril de 2013, em seus respectivos domicílios. A análise das entrevistas levou a resultados que evidenciaram o pouco conhecimento das puérperas sobre a episiotomia, mesmo não sendo o primeiro parto. Todas disseram não se importar com a episiotomia no primeiro momento, considerando-a como algo essencial para o nascimento. O procedimento não é questionado, pois as mulheres depositam confiança no médico, e a tomada de decisão sobre fazer a episiotomia é médica; as mulheres se reportam ao médico como interlocutor principal no ciclo gravídico puerperal. A equipe de Enfermagem não apareceu como referência na fala das mulheres, foi lembrada apenas na realização de procedimentos técnicos. Conclui-se que a Enfermagem, sobretudo a enfermeira, pode ser uma profissional fundamental no desenvolvimento de novos paradigmas. Considera-se a episiotomia uma violação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, torna-se imprescindível informar e discutir com as gestantes sobre suas veladas consequências. Uma atuação mais comprometida por parte dos profissionais de saúde, em especial da enfermeira, fundamentada em conhecimento cientifico, é imprescindível para a desmistificação e o uso racional deste procedimento.Downloads
Publicado
2016-12-29
Como Citar
1.
Bolsoni AC, Coelho JBA. Episiotomia no puerpério: percepção das mulheres. Espac. Saude [Internet]. 29º de dezembro de 2016 [citado 21º de novembro de 2024];17(2):199-205. Disponível em: https://espacoparasaude.fpp.edu.br/index.php/espacosaude/article/view/301
Edição
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Artigos
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